Multidões de Amigo

Nas verdes folhas, um abraço sutil,

As flores do campo, perfume gentil.

No silêncio, um canto doce a soar,

Os passarinhos vêm me acompanhar.

Sozinho? Jamais, a natureza me cerca,

Em cada folha, uma mão que desperta.

O vento suave, conversa ao ouvido,

Sou parte do todo, jamais esquecido.

As árvores velam como velhos amigos,

O céu, vasto teto, abriga os sentidos.

Cada flor que desabrocha ao chão,

Sussurra ao coração sua canção.

Na solidão, multidões me cercam,

Na quietude, os ecos me acalmam.

E ali percebo, entre céu e espinho,

Que nunca estive, de fato, sozinho.

Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 06/12/2024
Código do texto: T8213667
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