Multidões de Amigo
Nas verdes folhas, um abraço sutil,
As flores do campo, perfume gentil.
No silêncio, um canto doce a soar,
Os passarinhos vêm me acompanhar.
Sozinho? Jamais, a natureza me cerca,
Em cada folha, uma mão que desperta.
O vento suave, conversa ao ouvido,
Sou parte do todo, jamais esquecido.
As árvores velam como velhos amigos,
O céu, vasto teto, abriga os sentidos.
Cada flor que desabrocha ao chão,
Sussurra ao coração sua canção.
Na solidão, multidões me cercam,
Na quietude, os ecos me acalmam.
E ali percebo, entre céu e espinho,
Que nunca estive, de fato, sozinho.