Silenciosas Sinfonias

Em raízes que se entrelaçam, um segredo se esconde,

Um universo verde, onde a vida responde.

As árvores-mãe, anciãs de copa frondosa,

Conversam em sussurros, numa dança amorosa.

Timidez das copas, que se escondem do sol,

Mas que, à noite, se abrem, para um novo farol.

Cheiros que se espalham, mensagens no ar,

Um pedido de ajuda, um grito de alar.

A jasmone, perfume doce, um alerta sutil,

Contra os pulgões invasores, um escudo gentil.

A família reconhecida, um laço ancestral,

Uma rede de vida, um eterno carnaval.

Sons que penetram a terra, melodias profundas,

As plantas escutam, com suas raízes fecundas.

A luz, um pincel mágico, pintando a visão,

Aprendizado constante, uma eterna evolução.

E a dor, sentida em silêncio, um gemido contido,

Uma consciência verde, um mistério desvendido.

Neste reino vegetal, onde a vida pulsa forte,

A natureza nos surpreende, com sua sabedoria e sorte.