Outonal
Belas brumas já são frequentes,
Encimando os cumes dos picos.
E em cada encrave citadino,
Ar gélido aos pobres e ricos.
A natureza perde o colorido.
Sobressai a palidez dos tons.
Outrora feliz canto dos pássaros,
Agora são entristecidos sons.
As folhas caem, vento sopra.
E algum lugar até a neve cai.
Mas ainda não é o inverno,
É o sol quente que se esvai.
Nem tudo são torpes lamentos.
O clima mais ameno é união.
As pessoas se congraçam, e,
Mais latente pulsa o coração.
Como é sublime o outono,
Momento único de transição.
E o ano não seria o mesmo,
Sem essa esplêndida estação.