Essa casca avermelhada
Essa casca me
Recobre não sou eu
Essa cor dos anéis
Amarelada e preta
Esse corpo desajeitado
Para andar sobre
A terra não é meu
Destino meu
Destino é a cor
Avermelhada bela
De meu corpo
As manchas do
Pensam serem
Meus olhos enormes
Minhas asas brancas
Parecendo véus
De noivas é essa
Beleza sou eu
Esperem sair dessa
Casca e me virar
Em mim mesma
Para cantar
E cantar e cantar
E cantar e cantar
Rodison Roberto Santos
São Paulo, 17 de setembro de 2024