O RIO PARAÍBA AGONIZA
O Rio Paraíba chora, em silêncio agoniza,
Sem fauna, sem flora, em plena degradação.
Empresários o exploram, licenças improvisam,
Para extraírem areia, trazendo destruição.
Montanhas de areia extraídas, o leito despedaçado,
Transportadas por caminhões, na calada da noite.
Proprietários se adonam, o rio é confiscado,
Proíbem os ribeirinhos, sua vida despojam.
Proíbem o banho, a plantação de batatas,
O pastoreio do gado, o rio cercado, devastado.
A mata ciliar destruída, sem qualquer empatia,
Tudo em nome da ganância, do lucro proclamado.
Quem se levantará contra a sanha dos areeiros?
Quem protestará, sem medo da bala fatal?
Velhos, moços, meninos, a luta se intensifica,
Para salvar o Paraíba, para evitar o final.
Lá vem Joserino, lá vem Landoaldo,
O Fórum do Rio Paraíba, em união.
Quem mais se erguerá nesta terra, neste chamado,
Para socorrer o rio, evitar sua destruição?
— Antonio Costta