O jardim de Galileu
Teu jardim, Galileu, é um canto de paz,
Onde a brisa suave com as folhas dança,
E a terra, em seu seio, dá vida e esperança,
Num ciclo perene, que o tempo desfaz.
As flores se abrem, em cores e luz,
Beija-flores rasgam o ar num lampejo,
Borboletas flutuam num doce desejo,
E a vida, em silêncio, suas notas deduz.
O tucano de madeira, firme a vigiar,
Guarda o espaço que em teu coração reside,
Pois é na criação que o espírito decide
Que, para a natureza, basta apenas olhar.
Não precisas prender o que já é livre,
Teu jardim os chama, com amor e cuidado,
E mesmo os que não vêm, seguem ao teu lado,
Pois é em teu peito que o mundo vive.