EMFIM PRIMAVERA!

A esperança era o jardineiro,

Com devaneios se entregou a terra,

Com volúpia removeu as pedras,

Cardos, urtigas e outras tristezas,

Não temeu a labuta!

O tempo...

O suor...

A dor que se escondia entre os espinhos.

O cio fez abrir os poros,

Deita em leito úmido,

Nem a noite...

Nem o frio...

Na paz a alma se encontra,

No silêncio sorri a semente exposta,

Em meio a canteiros agora desnudos.

Em fim nasce o dia,

O beija-flor se lança ao vazio,

Baila ao som da cigarra festeira,

O coração latente agora transcende,

Enfim...

É primavera!

O amor despertou o poeta.

Guaraci Pachú
Enviado por Guaraci Pachú em 27/09/2024
Código do texto: T8161421
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