EMFIM PRIMAVERA!
A esperança era o jardineiro,
Com devaneios se entregou a terra,
Com volúpia removeu as pedras,
Cardos, urtigas e outras tristezas,
Não temeu a labuta!
O tempo...
O suor...
A dor que se escondia entre os espinhos.
O cio fez abrir os poros,
Deita em leito úmido,
Nem a noite...
Nem o frio...
Na paz a alma se encontra,
No silêncio sorri a semente exposta,
Em meio a canteiros agora desnudos.
Em fim nasce o dia,
O beija-flor se lança ao vazio,
Baila ao som da cigarra festeira,
O coração latente agora transcende,
Enfim...
É primavera!
O amor despertou o poeta.