Deixem meu Tracuá viver!
Não maltratem o meu Tracuá
Deixem meu Rio viver
O que o concreto te dá
Que ele não dá a você?
É um rio tão quieto
Não faz mal a ninguém
É o Tracuá modesto
Que do lucro é refém
Onde ele nasce não sei
Sei que ele passa por cá
É muito amado nas leis
Mas quero ver é provar!
Cadê as margens, as ciliares?
O que fizeram com seu nome?
O meu Tracuá é devorado
Por predador, bicho homem!
Peixe no anzol, lavadeiras
Bom foi os tempos de vó
Mergulho alegre, corredeiras
Te vendo assim, sinto dó
Deixem as flores nas margens
O Tracuá é bem mais que se vê
O planeta sem os rios, reage
Então deixem o meu rio viver!