Deixem meu Tracuá viver!

Não maltratem o meu Tracuá

Deixem meu Rio viver

O que o concreto te dá

Que ele não dá a você?

É um rio tão quieto

Não faz mal a ninguém

É o Tracuá modesto

Que do lucro é refém

Onde ele nasce não sei

Sei que ele passa por cá

É muito amado nas leis

Mas quero ver é provar!

Cadê as margens, as ciliares?

O que fizeram com seu nome?

O meu Tracuá é devorado

Por predador, bicho homem!

Peixe no anzol, lavadeiras

Bom foi os tempos de vó

Mergulho alegre, corredeiras

Te vendo assim, sinto dó

Deixem as flores nas margens

O Tracuá é bem mais que se vê

O planeta sem os rios, reage

Então deixem o meu rio viver!

Gualther de Alencar
Enviado por Gualther de Alencar em 11/09/2024
Código do texto: T8149416
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