Depois das águas

Depois das águas 
passamos
morremos
nos curvamos
sem verdade brio ou véu

Depois das águas 
a nuvem
fuligem de ventos

solitude

saudade fica

na noite que vem

Depois das águas

(da umidade)

silêncio opaco

ansiedade

soletro a vida
sem vertigem

deixando o tempo

devorar entranhas

Fernando Armando Ribeiro
Enviado por Fernando Armando Ribeiro em 07/09/2024
Código do texto: T8146434
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