Fonte, luz e profundidade
Pelas límpidas águas
Buscamos brilho esquivo
Verdade que cura mágoas
Vervéticos e instintivos
Tal relâmpago no firmamento
Num instante incisivo
E logo se dissipa o intento
Retornamos do delírio altivo
Peregrinamos, silenciosos
A questionar o curso do rio
Mesmo assim, levantamos
Atores de serenidade e brio
A verdade, sua coreografia
Como fonte que sacia
Surge efêmera, emotiva
Na lembrança que cativa
Na infantil alma remota
Relembramos, nas águas
Escolhas e turvas rotas
Choro fugaz da existência
No ecoar dos tempos
Esperança eloquente
Âmago dos intentos
Vagalume em toda gente
Decimar da Silveira Biagini
27 de agosto de 2024