Estrada Velha
Num toco e pó, barrancos, pedras, quinas, uma estrada tão cansada.
Riacho que corta caminho, um passo d'água e pinguela.
Lá ao fundo, uma tapera, de chaminé e varais, várias cores, passarinho.
Monjolo que bate e mói, o grão surrado e fubá.
Se vê do alto espigão, cabocla faceira, que vai, carrega uma trouxa de panos, na estrada segue e cantiga.
Roceiro que planta o pão, do trigo que bem sustenta.
O sol descamba sorrindo, avistando o monte que dorme.
Vão se os dias de campais, terra arada, vem Setembro.
No mato, caminhos de flores.
E a estrada velha, marcada, de bois, carreiro e ferrão.
Encerra na tarde que cai, belezas de meu sertão.
Num toco e pó...
João Francisco da Cruz