ENCONTRO DAS ÁGUAS
É quando o rio desce...
Sonoríssima viagem,
Curva a curva, ponto a ponto,
Épica coragem,
Imagem refletida,
Confluências,
Presença sibilina,
Da vida,
Movida pela resistência.
Rio que na passagem,
Sacia, abastece,
Faz companhia,
Rejuvenesce,
E no fim da travessia,
Se oferece,
À imensidão do mar,
A um mar de cadência.
É quando a brisa tece,
Uma nova canção,
Harmoniza a razão de ser,
Prepara o mar para receber,
As águas do rio com fascinação,
Para desfrutar do grande encontro.
Mais do que imaginar,
Eu posso ver...
É quando o meu olhar se derrama,
Na tela divina,
E eu ignoro os porquês,
Percebo a minha pequenez,
Ante o oceânico panorama.
É quando a poesia acontece,
Transcende o meu espírito,
Eu já não sou limitado,
Sou liquido estado,
Sou infinito...