Ah, o outono!
Essa sinfonia de folhas secas,
sussurros dourados que se desprendem,
como memórias em um balé suave;
cada movimento, uma história esquecida.
Os ventos travessos,
brincalhões e livres,
tateiam os galhos despidos,
convidando à dança das sombras,
um convite à melancolia dos dias curtos.
As cores se aquietam;
o verde dá lugar ao laranja flamejante,
como se o sol estivesse se despedindo
em um último ato de bravura.
E as árvores testemunham a passagem do tempo,
enquanto as folhas rodopiam no ar fresco;
caem como risos contidos em silêncio profundo.
É um espetáculo de transição,
onde cada folha é um verso não escrito,
e cada sopro de vento traz consigo ecos do passado;
um chamado à reflexão na brisa morna.
Ah, o outono!
Um quadro pintado com a paleta da saudade;
um lembrete suave da beleza efêmera
da vida que muda e nos ensina a deixar ir!
POETA OLAVO, muito obrigada pela interação:
"As folhas mortas caídas no chão,
Estalam com nosso caminhar.
Outono vem depois do verão,
Para a temperatura aliviar."
BRUTUS(Anjo Azul), muito obrigada por transformar
minhas palavras em uma linda canção."
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