O Surto das Gaivotas

E sobre a areia, verde de palmeira, e uma onda que quebra, à pedra do tédio.

Um mar de canseira, de preguiça e sofrimento de nada.

Até o relógio que desgasta, perde a conta do marasmo.

Sofre a gaivota que voa, que do mar e ventos, tantos, perde se à vista, o mar.

E num tédio, de mesmices, de céus bonitos e águas, almejava um pouco, inferno.

Num lápso e instante, voou a vil gaivota, bateu à porta de um demônio.

A praia ficou triste, de ondas e ressacas, murchou folha, palmeira, o mar dormiu sem graça.

João Francisco da Cruz