QUESTÃO DE ESCOLHA
QUESTÃO DE ESCOLHA
Dimas Resende e Julieta de Souza
Andando pelas ruas da cidade,
Tenho dificuldade
De prosseguir,
Pois começo a tossir,
Sinto falta de ar.
Observo ao meu redor
e não há sombra pra descansar.
Tão cinza e limpinho o chão
Me impressiona e me assusta
A falta de vegetação.
Tão pesado e seco o ar
Me impressiona e me assusta
Minha dificuldade pra respirar.
Então me vem uma dúvida:
Melhor o cair da folha
"Sujando" o nosso caminho
Ou viver numa bolha de cimento
Sem "sujeira" e sozinho?
A grande amiga árvore
Além de nos dar a sombra
Purifica o nosso ar.
Mas o dito “amigo” homem
Com o machado e um pensamento equivocado
Ceifa as árvores em todo lugar.
É preciso ser feita uma escolha:
Qual seria a solução?
Limpar na calçada a folha
Ou na farmácia o pulmão?
Tanta dúvida me invade:
Seria possível, mesmo sendo na cidade,
Colher sem ter plantado?
Viver sem ter respirado?
Seria justo,
da generosa amiga árvore
O ar limpo receber
Sem nenhum cuidado lhe oferecer?
Ah! Egoísmo, sai de mim!
Não me impeça de enxergar
Que sem a árvore
Não terei oxigênio pra respirar!
Ou existe outra forma em outro lugar?
Ah! Verde que te quero, verde!
Que te quero na mata
Que te quero nas praças
Que te quero nas ruas
Que te quero em meu quintal
Quero um ar mais puro!
De fato, preciso ser mais sensato
Cuidar da minha vida e da sua
Cuidar do nosso futuro!