Eu fui um assassino

Vou confessar aos meus amigos

quando menino

eu fui um assassino

eu matei muitos passarinhos

Com meu estilingue eu virava um sniper

eu fazia armadilhas

eu me divertia com cada ave morta

nossa como eu fui , um cretino idiota

Agora eu vivo nessa cidade poluída

sem árvores, e sem escutar

o canto suaves dos pássaros

Nessa época, nessa minha tenra idade

eu não fui educado

eu nem sabia o que era , meio ambiente

era normal ser assassino de passarinhos

era normal , prende-los nas gaiolas

Estilingues eram passados de pai pra filho

Privei passarinhos de terem liberdade

minhas mãos foram assassinas

agredi as crias da Mãe Natureza

Com a consciência pesada , as vezes

me bate o remorso

peço desculpas por cada ato infeliz

eu , rezo pra São Francisco de Assis

Perdoem esse menino do passado

pelos pecados , pelos crimes cometidos

nas árvores , e nos ninhos

Mas sinto tanta culpa

quando olho pro céu

e , não vejo passarinhos

NEREU AIRTO AMANCIO FILHO
Enviado por NEREU AIRTO AMANCIO FILHO em 28/07/2024
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