Sumaúma

*SUMAÚMA*

Ah! Como tenho saudades

da natureza e seus inventos

a Samauma, a tenra idade

brisa, frescor e pensamento...

Da Torre Eifel feita em galhos

a dona única dos ventos:

a Samuama. A minha árvore

era tão grande quanto o tempo

Mas, tal grandeza em mundo infame

não garantiu sua existência

a Sumauma em mãos de homens

tombou com álibe de decência!

E até a árvore santuário

triste avantar, serra e horror

galhos em cruz e um novenário

Árvore da vida? Não, senhor!

A sua origem assim folclórica

faz repensar o índio bravo

a Samauma vem do Norte

ornou jardins de dinossauros

Vi seu pilar. Que monumento!

a Samauma, nossa rainha

raízes ocas, sons, instrumento

foi celular em vida finda

Admirável? sim! Colosso.!

Tinha uns setenta só de altura

a Samauma parece um pouco

a Oba obá não rechonchuda

E vendo em praça, ausência e culpa

leio o sagrado que ficou:

a árvore-mãe ainda luta

pra nos levar ao Criador!

Gualther de Alencar
Enviado por Gualther de Alencar em 28/07/2024
Reeditado em 29/07/2024
Código do texto: T8116440
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