Sumaúma
*SUMAÚMA*
Ah! Como tenho saudades
da natureza e seus inventos
a Samauma, a tenra idade
brisa, frescor e pensamento...
Da Torre Eifel feita em galhos
a dona única dos ventos:
a Samuama. A minha árvore
era tão grande quanto o tempo
Mas, tal grandeza em mundo infame
não garantiu sua existência
a Sumauma em mãos de homens
tombou com álibe de decência!
E até a árvore santuário
triste avantar, serra e horror
galhos em cruz e um novenário
Árvore da vida? Não, senhor!
A sua origem assim folclórica
faz repensar o índio bravo
a Samauma vem do Norte
ornou jardins de dinossauros
Vi seu pilar. Que monumento!
a Samauma, nossa rainha
raízes ocas, sons, instrumento
foi celular em vida finda
Admirável? sim! Colosso.!
Tinha uns setenta só de altura
a Samauma parece um pouco
a Oba obá não rechonchuda
E vendo em praça, ausência e culpa
leio o sagrado que ficou:
a árvore-mãe ainda luta
pra nos levar ao Criador!