Divagando semeaduras

Na cuia do mate enfeitado

Se une delicadeza e tradição

Um rude agricultor tratador de gado

Extasiado-se com a suave flor de manjericão.

Dos cheiros chegados pela janela

O barro, o estrume e o verde se disseminam

Amenizados pelo aromático salame frito na panela

São da lida rural o primor no qual predominam.

Olhar perdido no pôr do sol.

Ouvido no rádio, cérebro ao mundo tão louco.

Ouvindo sangue de rol em rol,

E mansidão e paciência tão pouco!

Amanhã, como sempre, semeará:

Sementes de trigo e de manhãs coloridas

Sementes que um futuro desencadeará

Quem sabe? Novo sabor, novas vidas!