Auroras e Colibris

Auroras e Colibris

Pintou de montes, janelas e estradas, o clarão que anunciou.

E uns sábias, pintores e laranjeira, a moldura bem acordada que excita.

Auroras e campais, moços e camponesas, ribeiros que entoam manhãs.

Não dormi ainda, inventei um lampião e poema, deslizei nesta alma e insônia.

Estrelas balbuciam, e num desenho, esboçam uma lua clara.

Ignorei o tempo que enfeia, das rugas velhas, ri de caçoar.

Do batente e vidraça, vi auroras e colibris.

Lá ao fundo e retina, esboça o céu, uma pintura de dia.

Pintou de montes...

João Francisco da Cruz