arq. do autor
A VIDA DAS BORBOLETAS
Valdi Rangel
Quando as borboletas criam asas
Deixam suas casas para trás
Abandonam os casulos
Por não lhe servirem mais
E vão no sol da manhã que sai
E não voltam nunca mais
Beijando todas as flores
Numa visita diária de paz
Ganham os jardins
Os bosques encantados
Com seus voos de bailados
Batendo as asas ligeiras
Em zig-zags improvisados
As borboletas são reais
Embora pareçam miragens
Em seus vôos de asas deltas
Seguem fazendo suas viagens
Vivem pouco tempo
Não são de vidas prolongadas
Algumas semanas ou meses
E a sua jornada é encerrada
Elas são irretocáveis
Não são pássaros nem aves
Nem aviões nem naves
São apenas a beleza nas paisagens
Eu admiro as borboletas
Com suas cores variadas
Cores vivas no tom da vida
Pelo acaso da natureza pintadas...