ACASO

ACASO

Era uma sementezinha sem aparente valor

Não se destacava pela formosura, pela cor

O acaso em lugar qualquer a plantou

E não é que a danadinha germinou!

Um raminho de nada logo apontou

Ali abandonada sob o sol e chuva verdejou

E como quem nada quer, cresceu e encorpou

Até que um belo dia, um botão despontou

Era tanta a ansiedade de se mostrar que se mostrou

E um perfume de outro mundo o ar impregnou

A flor sorria e perfume espargia e fazer isso amou

E se apaixonou quando um beija flor a beijou.

Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 24/06/2024
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