arq. do autor 

A MÁQUINA E A FLOR

 

 

Valdi Rangel

 

 

Que podemos dizer

Da máquina e da flor

Uma é aço e ferro

A outra pétalas de amor

 

Máquina moe tritura

Flor enternece tem brandura

A máquina é sempre dura

A flor permanece meiga e pura

 

A máquina não para

Sempre trabalha e calcula

A flor balança-se ao vento

Sempre amável tem ternura

 

Não há beija-flor robô

Beijando parafusos de máquinas

Mas há beija-flor de asas

Beijando as pétalas da flor com alma

 

A máquina não tem

o néctar da flor

Que a abelha sabiamente suga

Para fazer o mel com sabor

 

Máquina é pedaço de ferro

Frio gelado

A flor é perfume suave

Mais tarde vendido engarrafado

 

A máquina e a flor

Não existe comparação

Uma é capitalista visa a produção

A outra é amor que vira buquê numa união