POR QUE TU ÉS, EXAGEROS DE DEUS!
SERRAS
Ah, minha menina crescida...
Quantas curvas tu tens me mostrado;
Quantos deslumbres teus, há nesses teus costados;
E esse teu horizonte...
Que une céus e montes;
Meu eterno amanhã, meu hoje, meu ontem!
E tu, querida inocente...
Quanta beleza verde vejo e tu destilas;
Quantos recônditos teus, e quantas ilhas;
Quanto flerte;
Quanta mata;
Quanto mato;
Quanta roça!
E quanto bem quero a ti.
Oh, minha menina gigante...
Quando dormes, saibas que tu vigias, velando meu descanso;
Quando me acordas, com esses teus inacabáveis encantos;
Dessas tuas maravilhas tantas;
Ciceroneando-me, por tuas linhas tortas;
Nas linhas mais perfeitas que há;
E não vendo noutras quimeras, tanta formosura assim.
Quanto capim verde, te encapeta;
Quanta floresta;
Quantos bosques;
Quantos campos;
Quantos flashes;
Quantos toques;
E quanto esplendor, há por aí!
A dizer-te também, minha adorada que...!
Me emocionas quão visão tua, enlevada e santa,
A se espraiar em meu cansaço;
Me envaidece vagar, por tuas ondas verdes e mansas;
Me inebria tua reunida grandeza, nessa tua vastidão;
A vastidão de toda essa sua natureza, altiva e sacrossanta;
Tão bem acumulada e reunidas em belezas!
Quanta graça...;
Quanta glória Divina;
Quantas esquinas;
Quanta verve;
Quanta relva;
Quanta brenha;
Quantas selvas;
Quantas sendas;
Quantas fendas;
Quantas estâncias,
E quantas lonjuras, tu tens, perto de ti.
...ainda a te confessar, amada graciosa que....
Contemplando estonteado, teu ingênuo balançar;
Parece que os ventos, todos, estão a te proteger, e a te afagar;
Parece até , que tuas águas resfriadas e meigas, te obedecem, a fluir;
Também teus rios limpinhos, que sobem e que descem,
Depois voltam, a descer e a subir;
E a cada curva, alargadas, ou estreitas, se somam e crescem!
Querida majestosa e gigante, eu te bendigo;
Quanta doçura em teus vestígios;
Quantos perigos;
Quantas abastecidas cachoeiras;
Quanta neve;
Quantas corredeiras;
...nevascas orvalhadas;
Que simplesmente me vontade de dizer
SERRA:
"EU AMO, TE AMAR!
E como haveria de me esquecer..
Se resta ainda te falar, de tuas flores;
Tuas luzes;
Teus brilhos;
Tuas cores;
O quanto te fazes, caminhos lindos, retos e sinuosos;
E o quanto me devolves, em carinho em cantinhos majestosos;
E esses teus fiéis agradecidos:
Animais, bichinhos, passarinhos, rastejantes e homens de bem
Que ainda restam, como eu pra te saudar!
Quanta perfeição floral;
Quantos canais;
Quantas gramíneas;
Quantas várzeas;
Quantas árvores;
Quantas cavernas;
E quantas minas, sei que há aí em ti.
SERRA,
Quantos amores te veem, bem assim, como eu te vejo?
-Minha...
Só, Minha...