O SOL LÁ FORA E EU NA FRIEZA DAS MINHAS IMPOSSIBILIDADES
Arde o sol lá fora, alto, vasto e profundo
Mundo gigante de raios luminosos e quentes
Sente-se o calor de seus dedos de fogo
Fosco o meu olhar transpassa a janela
Por ela vejo tudo distante, tão perto e longe
Monge nesse claustro tão gélido e mordaz
Assaz desfavorável para um reles existir
Resistir já nem sei se conseguirei enfim
Por fim já não basta o sol lá fora arder
Saber que queima em chamas ardentes
Sente-se o seu hálito mordaz, quente
Crente que há o fogo, e só eu neste frio
Rio transpassa meu peito nessa hora
Agora que vejo o sol, está ali, bem perto
Detesto transpor as leis mas já sei
Pularei as janelas de meu infortúnio
Com o intuito de sair desse frio impossível
Incrível sol irá me queimar e acender
Aprender que as leis existem, devo cumprir
Ai de mim, já pulei, que o sol me queime!