Chuva Branda ao anoitecer
No silêncio da noite
Ventos rugem lá fora
Árvores murmuram no açoite
O verão foi embora
Inicia chuva lenta e contínua
Gotas geladas a sussurrar
Não encharca, ainda é ingênua
Mas fazem o ser suspirar
Cada pingo um holograma
Na repetição temos a sinfonia
Se não trazer terror e lama
Então renova a vida, é magia
Desce branda, sem anátema
Mostra enlevo e lassidão
Te sinto na testa, és um poema
Tocas suavemente o coração
Na rua ouço passos nervosos
Do inóspito ao aconchego
Venham tempos chuvosos!
Trazendo nos braços o sossego
Roni Martins