Reflexão reciclável

O lixo boia no mar , o plástico não pode afundar , na próxima maré cheia

o mar vai vomitar esse lixo na areia

Nas cidades os esgotos estão entupidos

vivemos numa grande lata de lixo

Vejo a festa que fazem as baratas e ratos

desses esgotos saem todos

os bichos escrotos

Os fumantes inveterados enchem nossas cidades de bitucas de cigarro

No rio vejo boiar , sofás, cadeiras , armários , pneus...

e tanto lixo que poderíamos reciclar

Na próxima enchente o caos será total

Veremos nas tvs e nos jornais

Reportagens dessas calamidades urbanas

Aquilo que foi criado para o uso prático

virou uma maldição, refiro-me as sacolas de plásticos , e tudo que é descartável

O céu está com tons de cinza

O Rio está sólido

O mar salgado está envenenado

O ser humano não zela

não cuida da sua moradia

ele também suja minha poesia

polui , contamina meus versos

e minhas rimas

Fizemos essa cidade de aço e concreto

virar , uma enorme lata de lixo fétido

de esgoto ao céu aberto

Além das enchentes , os efeitos do clima trazem inúmeras patologias , jovens , idosos e crianças sofrem , de bronquite , toxoplasmose, asmas , alergias , e a crescente infecção

de leptospirose vinda da urina do rato

E você cidadão , não venha dizer que não foi avisado , que nunca ouviu falar do efeito estufa

da nova realidade climática

então pense bem

nada de consumo exagerado

e não jogue lixo no chão

principalmente se for plástico

e desculpe a minha redundância

Recicle se ele for reciclável

NEREU AIRTO AMANCIO FILHO
Enviado por NEREU AIRTO AMANCIO FILHO em 13/05/2024
Código do texto: T8062340
Classificação de conteúdo: seguro