Chamas

 

No silêncio profundo da floresta que arde,  
A árvore queimada lamenta sua sorte,  
O vento impiedoso espalha o fogo cruel,  
Num balé de destruição, um adeus à paz.

 

A água, outrora fonte de vida, evapora,  
O calor sufocante pelo fogo devora,  
Nuvens escuras carregam a dor latente,  
Lágrimas de tempestade, brotando sementes.

 

O sol escaldante aquece a terra ferida,  
Enquanto a natureza, em prantos, implora,  
Por um renascer, uma esperança perdida,  
Na chuva que trará a vida de outrora.

 

Chamas dançam na escuridão da noite,  
Consumindo tudo, deixando cinzas ao léu,  
Mas a natureza, resiliente em seu ser,  
Clama por redenção, sob o vasto céu.

 

E assim, no coração da terra abrasada,  
Uma prece se eleva, num murmúrio solitário,  
Por um renascer após a destruição que avança,  
Onde a vida floresça, e as chamas se tornem lembrança.

 

 

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A Sales
Enviado por A Sales em 24/04/2024
Reeditado em 28/08/2024
Código do texto: T8048682
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