A NAVEGAR
A NAVEGAR
Sigo a rota em meu caminho...
Numa flutuante embarcação
Ao lindo horizonte marinho
Feito todinho em ostentação...
Vejo como o mar é imenso...
Sinto tanto vento a soprar
A água e sal em movimento
Aves voam, planam, sem pousar...
Tudo é longe e tudo é perto...
Tudo é lento nesse navegar
O céu, inteirinho, descoberto
Sem nuvens para o ofuscar...
Se o tempo parasse agora?
E ficar eu fosse à deriva?
A minha euforia é a escora
A tormenta de nada me priva...
O passeio começa, termina...
À areia serei regressado
E ao se desligar a turbina
O poema já sai energizado...
(A NAVEGAR - Edilon Moreira, Abril/2021)