LAR

Ó mundo!

Ó terno mundo!

Eu amo teus desertos,

o amarelado das espigas de milho brotando

e as borboletas entre as flores;

as peras espalhadas sobre a grama

e teus rochedos.

Eu amo a calma dos rios,

o vento soprando através das folhas,

a simples complexidade de uma pequena noz.

Ó meu lar!

Meu coração está ferido

por causa de tuas florestas destruídas,

teus bosques queimados.

Bem sei que o ar está envenenado,

o solo contaminado.

Vejo manchas sujando nosso mar,

a chuva ácida pingando sobre os campos...

A dor verga meu corpo.

Eu choro.

Ó Terra!

Ó generosa Terra!

Perdoa.

Perdoa.

Perdoa.

LuciaArmenioLeal
Enviado por LuciaArmenioLeal em 22/03/2024
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