É o outono que faz o chão florir!
Bate o vento úmido no tardar do dia
Na flor da pele o friozinho tímido nos encolhe
Algumas gotinhas daquela nuvem ali sapeca
Caindo alegremente sobre a nossa face.
Ao acordar, aquele aconchego do tempo mais ameno
E antes de dormir o céu está mais sereno
Parece que as horas passam assobiando
Com o vento que derruba as folhas cantando.
As folhas secas que caem forram o chão rústico e sem graça
E a senhorinha reclama da sujeira em sua calçada
Que deixou pelada a copa da árvore que é vista lá do meio da praça
Mas sabe que na primavera novamente terá o seu perfume.
O vento varre o chão mostrando que quem manda é ele
É preciso aceitar que as folhas mortas precisam cair
Esse é o ciclo da vida: cair, secar, renascer e florescer
É o outono que faz o chão florir!