VERDE MAR
VERDE MAR
O que sei deste verde mar...
É tanto e quanto se desacomoda
Chacoalha por dentro da baía
Bacia d'água que vaza, evapora
Mas nunca se esvai totalmente
Uma porção resiste... Se revigora...
Mar... Verde mar que é persistente...
Vez ou outra, parece que cantarola
E da minha porta... Mais se avizinha
Na hora mais preciosa... A de agora...
Vem... Avança...
Sempre... Mas sem demora
Vai... Recua
No tempo de ir embora...
A intensidade hídrica rebuliça...
Não dura mais que quatro horas
E deixa à escadaria, risca
A marca da sua trajetória...
De sal e doce é o paladar...
De água verde é o mesmo mar
Da Vila de Bom Jesus dos Pobres
Um quindim do recôncavo baiano
Ao deleite dos comuns e dos nobres...
(VERDE MAR - Edilon Moreira, Dezembro/2012)