A conchinha que eu queria, tinha dona.

No mergulho domingueiro no mar

De água clara, morna e cristalina,

Encontrei uma bela concha a rolar

Daquela em espiral, sempre linda.

Levei para areia a melhor examinar,

Percebi que algo dentro dela se movia,

Eram patinhas afiadas que ameaçava

Uma lagostinha na concha se escondia.

E não abria mão da concha que a abrigava,

Tentei desaloja-la da concha que eu queria.

Depois de um tempo, pensei e logo refleti!

Lagostinha do mar, não tenho esse direito

Se tenho pela natureza tanto respeito

Pode ficar, a concha pro mar eu devolvi.