Nada está em descanso
Realizei trajetórias
Das quais obtive acúmulos
Uma soma de experiências
Que traduzem-se em números
Realizei trajetórias
Nunca em plena harmonia
Compreendo que um só caminho
Divide-se em sinuosas vias
Já percorri a história
Dando voltas em diversos trechos
Mas a cada volta completa
Eu já não era eu, e o trecho já não era o mesmo
Pois nada paralisa no exato mesmo ponto
Retornos são aparentes e temporários
Em geral só existe o avanço
A matéria, tudo quanto existe
O universo enquanto tal
De permanente e fundamental
Contradição e movimento
E disso decorre: nada está em descanso.