Metafísica Orgânica
Brilham estrelas azuis no mar de constelações
Refletidas no abismo encantado dos teus olhos
Ao mirar o infinito estendido nos campos da Criação
Rosas ardem na luz do entardecer
Relva ondula com fervor
É a escuridão que dança nos salpicos florais de luz
Na volta do compasso contínuo da rotação,
Surge novamente a alvorada fria,
Finos arcos de névoa projetam-se sobre bosques elevados
A miríade transgressora da Natureza
lentamente se desvanece ao sussurro do vento espesso.
Assim retorno das dissociações ávidas.
Observando e sentindo-me real na paisagem
Reflito o quão inconcebível é a percepção de tudo
frente a amálgama de estímulos a qual somos destinados.