Poema: TERRA MOLHADA
Levanto cedo
Contemplo o começo do dia
Eu oro a Deus, mas quem diria
Eita chuva abençoada...
Que molha a terra
Com esse som que é tão bonito
Pingos d'água no telhado
Pra mim é uma canção
E vêm com esse cheiro bom
Cheiro de terra molhada...
Ouço trovões
Vejo raios desbravando
Gratidão ao bom Senhor
Com espetáculo tão bonito
Nas bênçãos do Criador...
E assim estou ouvindo
Som d'água que vai caindo
A natureza expressando
Com o barulho que pra mim
Para mim é ele um hino...
De uma janela
Eu olho pra atmosfera
Água similar ao véu
Que vai descendo do céu
Nos trazendo essa riqueza...
Senso na alma
A Deus estou agradecendo
Pois aqui está
Chovendo
Nesse dia abençoado...
Felicidade está com a vida
Eu digo isso com franqueza...
E assim eu vejo
Elevo a Deus meus pensamentos
Com a voz espiritual
Com gratidão ao concedido
Com água que molha a terra
No divino ritual...
Nem vou sair
Para a lida nesse dia
Ô meu Deus, mas quem diria
Eu fico em casa e com a bênção
Aposentado, nem preciso trabalhar
Vou tomar o bom café
E essa chuva contemplar...
Comer biscoito
Na iguaria à lá Mineira
Pois não consumo besteiras
Sou do estilo bem matuto
Nem que eu passe
Em casa o dia inteiro
Com a patroa no cantinho
Igual fazem os passarinhos
Até a chuva passar
Pois trabalhar é um absurdo...
E para o corpo
Ceder a pausa para a vida
Curtindo essa maravilha
Que Deus faz acontecer...
Mais tarde o almoço
Um bom sono para o quilo
Às três horas a quitanda
Antes da hora de jantar
Eu agendo o meu prever
Assim eu sigo
Contemplando essa certeza
Agradeço sempre a Deus
Por tudo que é concedido...
Na expressão da natureza...
Se a noite chega
Vou cortejando a esposa
Pois no ninho de amor
Ali eu exerço bem
O papel que é ser marido
Que eu faço por conferido
Rezando a Deus
Eu agradeço pelo dia
O alimento e a saúde
E tudo mais em minha vida...
É certo que a chuva
Ela é um bom sinal
Que hoje é dia de descanso
Ficar em casa com família
Contemplar o acontecido
A bênção fenomenal...
E eu nem queria trabalhar mesmo...
Acho que vou é tomar uma pinga...
E quanto do céu
A água aos milhares
Pinga...
CNS