MARÉ DE MARÇO

MARÉ DE MARÇO

O mar que de tão belo é infinito...

De lua em lua, marca o compasso

E à casa beira com tanto agito

Na imensa maré de março...

Em mar aberto não ouve-se grito...

O mar fechado, um recôncavo traço

Às vezes, deixa-me de coração aflito

Se à varanda respinga seu mormaço...

O mar da baía no verso que cito...

Contorna vilarejos... Nunca é escasso!

Assim tão vivo... Tão circunscrito!

Se beira à casa num morno abraço...

(MARÉ DE MARÇO - Edilon Moreira, Março/2018)