Riacho dos Mistérios
No Riacho dos Mistérios, águas frias a correr,
Um túnel de árvores, a tristeza a esconder.
Cristais que refletem o lamento do passado,
Onde a dor da ausência ecoa, em eco abafado.
Transparentes são as lágrimas desse riacho,
Guardião de segredos, em seu leito, o desencaixo.
As árvores entrelaçadas formam um túnel sombrio,
Onde a saudade se perde, como um fio frio.
No canto dos pássaros, um choro sutil,
Misturado ao murmúrio da água, um lamento gentil.
Crianças que brincavam, agora em silêncio estão,
Afogadas nas águas geladas, memórias que se vão.
O vento sopra uma melodia melancólica,
Entre as folhas que tombam, a tristeza simbólica.
No Riacho dos Mistérios, o luto persiste,
Nas margens, a lembrança de quem se foi resiste.
Oh, riacho de águas profundas e escuras,
Onde a alegria foi tragada, como sombras maduras.
As histórias se entrelaçam, como ramos a se enredar,
No Riacho dos Mistérios, um pesar a ecoar.
Que as águas levem consigo as dores do passado,
E que, nos cantos dos pássaros, haja um renovado.
Que o túnel de árvores seja portal para a luz,
No Riacho dos Mistérios, onde o enigma nos seduz.
Obs: Série de poemas do poeta Max, o andarilho, a explorar a região de Serra dos Cristais (Impressões Máximas)