Jiboia

Pronta para o bote

O bote das águas internas

Que seguem calmamente

Para as margens etéreas.

Dorme, serena.

Como quem já morreu

Mas engana -se o tolo

Ao passar perto do breu.

O vazio do alimento

Mas na mente uma certeza

O silêncio é a arma

Para no bote, a proeza.

Viaja em ti, sem perder a ternura

Aquieta o espírito, a graça, a doçura

Nem toda maldade encerra

Com a bagunça das folhas.

Os ventos que me traíram

Não sabem de que água sou.

Pois a terra em que piso

É o solo que calma estou.

Amanda Simpatía
Enviado por Amanda Simpatía em 14/12/2023
Código do texto: T7954093
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