Inverno
O sol se deita na rede
Na tarde que se despede.
Abrandando o calor
Que no dia se excede.
O vento, toca o tom
Que anima o juazeiro,
Levanta com maestria
A poeira do terreiro.
A chuva vem atrevida
Serpenteando no chão,
Derretendo, esculpindo
E modulando o torrão.
O inverno anuncia
A bela transmutação,
Ressuscitando das cinzas
Toda a vegetação.