BORBOLETA
Risquei na parede Da casa de adobe, Uma bela silhueta De carvão e giz, Sentado na rede Com o meu robe, Alumbrado na borboleta Que vi por esse matiz...
Numa manhã de outrora Que aflorava as marcas E os mínimos detalhes Da sua esplêndida tez, Enquanto, voava lá fora Com a fineza das monarcas Que dourava os seus talhes, Numa plácida claridez.
Para buscar, das flores, O néctar e as essências Desse jardim horizontal, Com os puros esplendores Que refletiam às aparências No seu espelho universal.