DA FÚRIA
Fechai todas as portas,
As frestas das janelas,
Já caíram as folhas mortas,
As secas, as amarelas...
Vem aí um vento forte,
Que parece “iscado da peste”
E, vem vindo do ponto leste,
Exalando cheiro de morte!
Fazendo voltas, dando curvas;
Jogando pro ar toras e farpas;
Deixando, assim, as águas turvas;
Matando lambaris e carpas...
Força dos povos Orientais,
Legado dos deuses Urias;
Dizendo aos filhos Ocidentais:
Sou, pois, o vento, a fúria!