Lado a lado, à cedros-rosas
Vis-à-vis sombrosas árvores
Umedecidos caules de flores
De uma das mais charmosas;
A receber acarinhar do sereno
A se espalhar, marcando terreno
Despencado das madrugadas
No prantear das margaridas!
Apaziguado lugar florido
De amores idos plangentes
Que fazem lamentar as gentes
Sob alvorecer derramado;
Entre olhares encharcados
De molhas fartas, descaídas
Sobre pétalas orvalhadas
No lagrimar das margaridas!
Costeando, segue rio vertente
Com viventes que, vêm e vão
Contornando veios na imensidão
Pulverizando, folhas e raízes;
Que em tempos de quenturão
Gotas são abduzidas do entardecer
Regando do alto, as escolhidas
No soluçar das margaridas!
Delicadezas que imitam guardins
Que nos dias gentis, se supera
Belezas calhadas das primaveras
Que ventos, não falham embalar;
Como menininhas delicadas
Postas em janela, debruçadas
Minutos antes de seu ninar
No belo revoar das margaridas!
Coloridas, estampam horizontes
Defronte, fundo azul anil do céu
Arcando em mãos, Deus Seu pincel
No esboçar, desenhar, florir, dar vida;
A manusear, mais completa aquarela
Tal qual aos girassóis, as amarelas
Em seu suspenso jardim, de margaridas.