Caos climático
Estamos com os pés para as nuvens
amarradas por nós à ilusão,
dos joelhos puxados por homens,
e que na displicência do ego a mão,
aparta o descarrego dos seus montes.
Vivemos na carniça do desânimo,
não pelas imundices dos odores,
e sim pela soberba do crisântemo
poluindo os espaços e os amores;
erva daninha donde advém as fontes.
Plantamos e colhemos todo mal,
por isso o céu escorre nas entranhas
os raios ceifadores no final,
juntamente delícias das manhas
dos homens e dos seus horizontes.