As árvores
Passa o tempo
Passatempo
debaixo das árvores solitárias
as sombras
se assombram
antevendo imagens
futuras...
Em meio às folhagens
se escondem pardais
bem-te-vi não há mais,
rolinha não há mais,
galo-de-campina não há mais...
Foram caçados
espetados
assados
nos braseiros do homem mau.
Até quando
essas pobres árvores
resistirão ao tempo,
ao desgaste da erosão,
à pressa cotidiana
e ao corte do machado?
Passatempo
gira o vento
girassol
entretempo
tudo muda
vira pó.
André Filho Guarabira
11.06.2007