MAR DOCE
A natureza é essencial à vida e à liberdade.
Um paraíso perene,
Éden desse viver.
Olho com encanto todos biomas.
Abraço à beleza selvagem,
Flutuar em suas cristalinas torrentes.
Onde a magia iniciou
Conectando o suave toque.
Sedas a tilitar as costas,
Interação de novas percepções,
Nos sentidos despertas
Expressão Divina nos viventes.
Canto melodioso das Uiaras
Uníssonos desde os glaciares distantes.
Estendem seus filetes
Miscigenadas cores, regiões e povos.
Sorrindo vidas latentes,
No deleite da calmaria,
Seráfica e opulenta energia.
Ao sol descansam Vitórias-régias
Em magníficos colchões verdes.
Percursos assistidos por esmerados encontros de águas.
Brumas coloridas no impacto das correntezas.
Em cada cais, aguarda
O belo Boto sedutor
Para sentir o perfume de cada flor.
Entretanto, seus galanteios, hoje,
Entristecem com o desespero.
Os seus viveiros afluem lágrimas
Pelo mundo enfurecido
Comportamento imprevisível.
Furacões, enchentes, degelos,
Fogo ardente no solo,
Acidentes naturais craquelando o mundo.
Povos guerreando sem piedade e compaixão.
Descontrole descabido e irracional.
Adamah sem esperança,
Desamor à vida,
Desencanto ao Divino!
Bebeléu de insanidade,
Tanta insciência mórbida,
Quanta dor!
Quanta tristeza!
Mariaga
Obs: Ilustrações do Google