Arrecifes
As pedras pretas que arrecifam o mar
Escurecem o meu caminho
São esculturas sem braços e cabeças
A me atemorizar
Os monstros não secam jamais
Nem a lua é capaz de ocultar os escolhos
Que impedem que eu pise no leito da praia
Contudo, eu os escolho
Os abrolhos me obstata de mergulhar nas águas rasas
Todavia, eu insisto
Sangro a sola dos meus pés
Que repisam os corais