Atrás do prédio: a árvore
Presumo que sou aquela árvore
Atrás do prédio. Balançando
Na chuva sem inverno
Chove comigo hoje? Disse
O vento no horizonte
Esvaindo no fundo longe
Calmamente não mais chove.
Quer o sol tão tímido surgir,
Num céu ainda pálido a fingir?
Aparecem pairando os pássaros
No céu cinza de poucos ventos
Passam e fazem-se raros
E distantes os momentos
Volto a derramar-me nesse novo
Molhado. Oscilando no ar
Como se quisera voar.
No infinito nada me movo