Uma rã no meu quarto II
Uma rã assustadora no meu quarto
Surge no silêncio no meio da noite
Seus olhos pousam em mim como um lábaro
Os batimentos do meu coração são guias
Seu corpo feio, escamoso e molhado
Salta com destreza e atinge o meu peito
A escuridão engole a luz do passado
E eu fico imóvel, preso em seu leito
Seus croaks ecoam, um som ensurdecedor
Um chamado obscuro, um aviso de azar
Trago um medo profundo, um terror arrebatador
Onde posso encontrar um refúgio para me amparar?
Mas no fim, percebo, tudo não passa de engano
A rã torna-se inofensiva, um símbolo profano.