Coração de Jardim

#1 Terreno baldio

Vejo baldio, vazio e inóspito

Localizado em uma esquina qualquer

Reflexo entre a vida e a destruição

De um lado;

Um balé de dentes de Leão levando a vida onde o vento os leve

O polem sendo retirado para se tornar néctar

A Medicina dos antigos se propagando .

De outro;

Uma poça escura, com cheiro forte causada pelo acúmulo de lixo

O entulho do passado trazendo incômodo ao presente

Uma pilha de coisas que até o tempo demora a diluir.

Fecho meus olhos…..

Vejo baldio, mas agora com um olhar novo

Olhar de poeta

Mas que usa um Sancho como sua caneta

E a enxada como a sua Borracha

Onde bailava os dentes de Leão infundir mais flores de todas as formas

Onde as abelhas criaram seu Castelo dourado, as presentearei com um pomar vistoso para fazer sua corte

Onde os anciãos retiravam o sumo que cura farei comutação para uma horta com seu desfile de aromas distintos

Onde passava o córrego negro borbotaram espelhos d'água

Onde a torre de lixo cabulava a paisagem, um gramado torna-se tapete e banco

Onde poderia um seculo para degenera toda a espurcia.

Abro meus olhos baldios

E vejo nascer um jardim.

Deoliveiralves

Paisagismo literário

Deoliveiralves
Enviado por Deoliveiralves em 27/07/2023
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