TERRA ARDENTE

“TERRA ARDENTE”

 

 

Choro as mágoas

choro as tristezas

das queimadas.

 

Choro os extermínios sem fim

e as buscas infrutíferas

pela preservação.

 

Não escuto mais teu cantar

nem ouço mais teu grunhido

apagado e abafado

pelos estalidos da mata

ardendo e queimando.

 

Vejo só as labaredas

que se elevam ao alto

como se demonstrassem sua força

consumindo tudo sem dó.

 

Acabam-se as matas

apagam-se as esperanças de poucos

que lutam desesperados

para que a natureza se preserve

como garantia de um futuro melhor.

 

 

 

30-5-96

 

 

JC BRIDON

 

JC Bridon
Enviado por JC Bridon em 25/07/2023
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